terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Vice-presidente do Senado cobra mudanças nas tarifas aéreas


Da tribuna, Jorge Viana reclama dos preços altos das passagens de avião e do combustível na região Norte. “Transporte aéreo na Amazônia não é luxo, mas artigo de primeira necessidade”, reclama
Vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT-AC) subiu nesta quinta-feira, 07, à tribuna para reclamar dos altos preços das tarifas aéreas na região amazônica. “Nós, da Amazônia, temos que ter passagem a preços módicos, a preços factíveis. É necessária uma rede de aeroportos municipais e estaduais”, criticou. “Transporte aéreo na Amazônia não é luxo, mas artigo de primeira necessidade”.
O senador diz que o mercado brasileiro de aviação é um dos que mais crescem no planeta. Ele citou que, em 2002, 30 milhões de passageiros voaram no Brasil. Em 2010, esse número ultrapassou 65 milhões de pessoas. “Cresceu em 75% a oferta de passageiros, nos últimos quatro anos”, comentou. O problema das altas tarifas aéreas estaria no fato de a tarifa do combustível de avião no país ser o mais caro do mundo. “Estamos numa situação incompatível”, disse.
Dizendo-se contrário à abertura do mercado nacional para companhias aéreas estrangeiras, o senador avalia que a presidenta Dilma Rousseff agiu corretamente ao apostar na ampliação do transporte aéreo regional. Essa é uma política pública colocada como prioridade pelo governo federal.
Jorge Viana quer a isenção do ICMS na venda combustível de avião na região amazônica. “Essa seria uma forma de melhorar a aviação regional”, comentou. “Teríamos uma demanda de companhias aéreas querendo fazer viagens para Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Tefé (AM) ou Porto Velho (RO)”. De acordo com o vice-presidente do Senado, a tarifa da passagem de avião de Brasília para essas cidades amazônicas pode chegar a R$ 7 mil. “Isso é mais caro do que ir para os Estados Unidos, do que ir para a Europa”, lamentou.
As companhias aéreas brasileiras, atualmente, têm isenção de ICMS e de outros impostos nos combustíveis, desde que o avião esteja indo para fora do Brasil. “Em Cruzeiro do Sul (AC), temos o combustível mais caro. Desse jeito, não vamos ter aviação regional nunca”, comentou.
A tarifa do querosene de aviação representa quase 40% do preço das passagens aéreas. “O ambiente para discutir essa medida é aqui”, avalia. Em dezembro, o senador encontrou-se com o presidente da TAM, Paulo Kakinoff, para reclamar dos preços das passagens aéreas. “É muito importante não só cobrar uma melhor eficiência das companhias brasileiras, mas discutir e apontar soluções. Nós temos que melhorar o transporte aéreo no Brasil urgente”, afirmou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário